Durante muito tempo, me ensinaram que o trabalho era o eixo da vida, a medida do meu valor, o caminho para a realização, o meio de conquistar respeito e segurança. Mas percebo que há uma distorção silenciosa nisso tudo. Trabalhar passou a ser um fim, e não mais um meio. E quando o meio se transforma em fim, o sentido se perde.
Você já pensou que está trabalhando de graça para marcas, artistas e influenciadores? Na era da uberização digital, likes viraram recompensa e a aprovação social substituiu o salário. Enquanto você se esforça por visibilidade, empresas lucram com seu tempo, imagem e atenção. O que era lazer virou obrigação e o que parecia conexão virou cobrança disfarçada.
Como seria a sua vida se não compartilha-se absolutamente nada nas redes sociais? Sem compartilhar o almoço no restaurante "X" no dia do seu aniversário, sem compartilhar a viagem no final de semana com a turma “Y”. Como seriam essas experiências, o almoço e a viagem, feitas sem a exposição publica? Ainda sim seriam válidas?